Arquivo da tag: processador

Azeite de alecrim & casca de limão cravo

Hoje foi dia de feira de orgânicos, lá no Parque da Água Branca. Comprei alecrim. Gosto de usar as ervas enquanto ainda estão frescas então já fiz um monte de coisa com alecrim, chá, bolo, e esse azeite.

Coloquei um pouco das folhas de alecrim e 4 pedacinhos de casca de limão cravo no processador e adicionei azeite de oliva extravirgem.

Bati, coei e pronto.

Só colocar no vidro e guardar na geladeira. Mas antes de cada uso, é bom tirar da geladeira uma meia hora antes para deixar na temperatura ambiente.

Provei uma colherada do óleo puro e achei que o sabor ficou um pouco forte demais, talvez a quantidade de alecrim tenha que ser bem menor. Mas como tempero diluído na comida, pode ficar bom 🙂

Tsumire-jiru

tsumire-jiru

tsumire-jiru

Ultimamente o meu processador, mesmo com a tampa toda quebrada, está trabalhando bastante. Ontem fiz um prato japonês chamado tsumire-jiru. Foi a primeira vez que eu fiz e fiquei surpresa de tão fácil! Tsumire significa bolinho de peixe feito com a carne do peixe picado na ponta da faca (nesse caso no processador) misturado com katakuri-ko (amido de batata), ovo e geralmente gengibre, mas pode acrescentar outros temperos e ingredientes como cogumelos picados, etc. O mais clássico é o tsumire de sardinha fresca. Mas como as sardinhas que eu encontro por aqui não têm uma “cara” muito boa (sardinha é um peixe que se deteriora muito rapidamente, por isso é essencial que esteja muito fresca), geralmente já com a cabeça cortada e numa bandeja cheia de sangue, fiz com um outro peixe também de carne escura mas esqueci o nome… Tinha comprado lá na barraca da Peixaria Amami Tamari no mercado municipal e congelado. Aqui no Brasil os peixes de carne escura não são muito valorizados, mas em termos de valor nutritivo, são muito bons. A sardinha, se consumida fresca, ela tem proteína e lipídio (gordura) de ótima qualidade, vitaminas B1, B2 e D e muito cálcio, inclusive vitamina D2 que tem a função de aumentar a absorção do cálcio. Bom, então estava falando que tsumire é o bolinho de peixe. E o jiru (shiru) significa caldo. Então seria um caldo de bolinho de peixe.

Para fazer o tal do tsumire é a coisa mais fácil, se vc tiver um processador que funciona. Primeiro coloque uns pedaços grandes de gengibre (é bom colocar bastante gengibre para amenizar o característico cheiro dos peixes desse tipo) no processador e ligue para picá-lo. Depois adicione os filés do peixe, meio ovo batido, 1 colher de sopa de katakuri-ko (este é um ingrediente bastante usado nos pratos japoneses, serve como liga. é sempre bom ter em casa se vc faz bastante comida japonesa. encontra-se na Liberdade e geralmente vem numas embalagens compridas, como na foto abaixo) e ligue novamente o processador até que tudo se misture mas que ainda tenha uns pedacos do peixe. Não deixe ficar uma pasta lisa.

katakuri-ko

katakuri-ko

Agora o caldo é como vc quiser. Eu peguei o caldo de peixe que eu tinha feito e congelado, esquentei, coloquei alho poró, cozinhei um pouco e temperei com shoyu, sake e um pouco de sal marinho. Daí é só fazer os bolinhos com a ajuda de duas colheres e jogar no caldo em fogo médio. Cozinha super rápido, uns 4, 5 minutos. Muito bom!

Para melhorar ainda o sabor, depois de servir o tsumire-jiru na tigela, eu acrescentei um tempero japonês chamado yuzu-koshou. Traduzindo, é pimenta-do-reino com yuzu, uma fruta cítrica extremamente aromática que só se encontra no extremo oriente, se eu não me engano. A gente usa a casca da fruta, quase nunca a polpa. Uma vez tentei comer a polpa e não consegui. A casca é que tem o aroma e o sabor característicos. Duas tirinhas de nada da casca num caldo já fica com um aroma absurdo no ambiente inteiro! Fora a cor amarela dela que decora e “acende” o prato. Esse temperinho é tipo uma pasta esverdeada bem apimentada com gostinho de yuzu, muito bom para colocar nos caldos, num prato de peixe, etc. Esse ainda não vende na Liberdade, pelo menos eu nunca vi.

yuzu-koshou

yuzu-koshou

bolo no processador??

Pela primeira vez fiz um bolo no processador. Até que não ficou tão horrível. Mas acho que eu prefiro fazer na mão mesmo ou com a batedeira portátil. A massa fica melhor e achei até mais difícil no processador, não sei é porque o meu tá meio uó…

)

um bolo meio nada ficou tudo com esse topping 🙂

...

...

...

ingreditentes para o bolo:

2 ovos

150gr de farinha de trigo (usei metade integral e metade branca, ambas orgânicas)

1 colher de chá de fermento em pó

85gr de manteiga

1 colher de sopa e meia de leite (qualquer outro líquido é válido)

85gr de açúcar cristal (usei o biodinâmico da Native)

ingredientes para o topping:

50gr de amêndoas

30gr de manteiga

40gr de açúcar mascavo (orgânico)

1 colher de chá de cacau em pó (usei o orgânico da Callebault)

1 pitada de sal

Pré-preparo:

Colocar as amêndoas numa travessa e assar a seco no forno pré-aquecido a 160ºC durante 25 minutos. Reservar. Deixar a manteiga em temperatura ambiente para amolecer um pouco. Pré-aquecer o forno a 180ºC.

Preparo:

1. Fazer o topping. Colocar as amêndoas no processador e triturar, sem deixar virar farinha.

2. Colocar a amêndoa triturada numa panela pequena, acrescentar a manteiga, o açúcar, o sal, o cacau em pó e cozinhar em fogo baixo. Misturar sempre para o açúcar não queimar.

3. Colocar a manteiga do bolo no processador e ligar. Misturar até ficar cremoso. Acrescentar o açúcar e bater até ficar esbranquiçado. Acrescentar o ovo um a um e continuar batendo.

4. Acrescentar o leite e misturar mais um pouco.

5. Peneirar a farinha com o fermento em pó e acrescentar à mistura no processador. Ligar o pulse 3 ou 4 vezes até misturar.

6. Colocar a massa na fôrma untada e com farinha. Colocar o topping em cima da massa e assar durante 35 a 40 minutos.

Esse bolo fica melhor depois de um dia. Na verdade, todo bolo feito com manteiga fica mais gostoso no dia seguinte 🙂